A Culpa em Dostoievski
(...) Bárbara correu então para a escada, seguida de Dacha. Mas mal entrou na água-furtada, soltou um grito e caiu sem sentidos.
O cidadão do cantão de Uri estava ali enforcado, atrás da porta. Sobre uma mesinha, via-se um bilhete escrito a lápis:
Não acusem ninguém. Eu é que me matei.
Nessa mesma mesa estava um martelo, um bocado de sabão e um prego, provavelmente de reserva. A corda que servira para o enforcamento fora previamente esfregada com sabão. Tudo indicava que Nicolau premeditara o seu acto e conservara a lucidez até ao derradeiro instante.
Na autópsia do cadáver os médicos rejeitaram unanimemente qualquer indício de loucura.
Dostoievski; Fiodor; Os Demónios
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