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quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Dizem que este senhor inspirou o Nazismo(?)

Escondia o sorriso atrás de uma bigodaça, aos 25 anos lecionava Filologia Clássica (Estudo dos escritos clássicos) na Universidade de Basileia, bradava abundantemente o seu ódio pelo Cristianismo/Budismo, escreveu um conjunto de livros por cá ignotos/proibidos durante o Salazarismo, inspira as massas adolescentes para o anarquismo subjacente a vida. Não era Anti-Semita e muito menos padecia de Misoginia.
Há duas espécies de génio: um que, antes de mais, fecunda e quer fecundar outros, e outro que prefere ser fecundado e parir. E da mesma maneira há entre os povos geniais aqueles a quem coube o problema feminino da gravidez e a missão secreta de formar, amadurecer e aperfeiçoar - os gregos, por exemplo, foram um povo desta espécie, assim como os franceses - ; e outros que têm de fecundar e ser a causa de novas ordens de vida, - como os judeus, os romanos e talvez, perguntando-se com toda a modéstia, os alemães? - povos atormentados e extasiados com febres desconhecidas e irresistivelmente impelidos para fora de si próprios, apaixonados e ávidos de raças estranhas (aqueles que se «deixam fecundar» -) e, com tudo isso, ávidos de domínio, como tudo o que se sabe cheio de força geradora e, por conseguinte, escolhido «pela graça de Deus». Estas duas espécies procuram-se como o homem e a mulher; mas também se dão mal mutuamente, - como o homem e a mulher.
Friedrich Nietzsche, in Para Além de Bem e Mal