"Fazem uns riscos e tal...e deixam uma assinatura"
Todos os anos saem das universidades cerca de mil arquitectos.
Depois seguem-se 12 meses de estágio, na maioria dos casos sem qualquer remuneração. Findo este período, a grande maioria só tem uma saída: o desemprego.
Em apenas dez anos, o numero de arquitectos duplicou. Em 1994 eram 5712, neste momento ultrapassam os 12 mil. Embora tenha aumentado, o mercado-de trabalho não cresceu na mesma proporção, tornando a empregabilidade nesta área muito difícil.
Actualmente existem mais arquitectos do que desenhadores de arquitectura.
Para agravar a situação, existe, uma lei criada, em 19731 que permite a execução de projectos de arquitectura por parte de engenheiros e de desenhadores de arquitectura.
"Nessa altura, havia falta de arquitectos e a lei fazia sentido. Hoje não faz; e devia ser alterada", frisou João Afonso, da Ordem dos Arquitectos.
Aos jovens que pensam seguir esta carreira, João Afonso deixa alguns conselhos.
"É uma profissão difícil de exercer, que exige muitos conhecimentos e onde há
muita concorrência. Por outro lado, a oferta de trabalho é escassa."
Outro dos avisos deixados prende-se com a escolha da universidade.
"Existem sete cursos em Portugal! Que são reconhecidos pela Ordem, enquanto apenas quatro aderiram à directiva europeia que define as áreas de formação e conhecimento obrigatórias para um arquitecto."
Retirado do DN, Edição impressa.
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