The Top 100 Albums of the Decade's First Half
Interessante lista na pitchfork, Radiohead aparecem referenciados três vezes, fora os U2, não conheço grupos músicas que tenha sobrevivido duas décadas com tanto fervor.
Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra...
People have been building playable musical instruments from Lego for some time. Henry Lim’s Lego Harpsichord and Brad’s Lego Guitar have been written about many times, but they’re only the start:
Robotic Glockenspiel Player: XILO is a slightly frightening-looking device which uses the Lego camera to watch the player and transfer his or her movements into real-time Glockenspiel playing: “With just a little practice, you can make XILO create beautiful music!”Lego Dulcimer (pictured above): What is it with medieval instruments and Lego? Mountain Dulcimer enthusiast Peter Always built himself a bright yellow dulcimer with properly-spaced frets made of little grey tiles.Lego MIDI Guitar: The ‘Lifelong Kindergarten’ group at MIT developed this lego-based system. The idea was that children could use special Lego components to build their own experimental instruments, which would work as MIDI controllers.Robotic Ukulele Players: Mike and Jarvis’ reggae-playing Ukulele robots were widely reported earlier this year,
but they weren’t the real pioneers. Bryant and Amelia got there in 2003, although theirs didn’t play reggae.Singing Lego Blocks: The Lego Mindstorms RCX block (the brain of the system) has a built in speaker, and this page explains in eye-watering detail how to make music with it. Remarkably, there doesn’t seem to be a MIDI interface yet…
O cigano foi-se confessar; mas o padre, precavido, começou por interrogá-lo sobre os mandamentos de Deus. Ao que o cigano respondeu: «Olhe, senhor padre, eu ia aprender isso, mas depois ouvi um zum-zum de que tinha perdido o valor». (...) Todo o mundo – nações, indivíduos – está desmoralizado. Durante uma temporada, esta desmoralização diverte e até vagamente ilude. Os inferiores pensam que lhes tiraram um peso de cima. Os decálogos conservam do tempo em que eram inscritos sobre pedra ou bronze o seu carácter de pesadume. A etimologia de mandar significa carregar, pôr em alguém algo nas mãos. Quem manda é, sem remissão, quem tem o encargo. Os inferiores do mundo inteiro já estão fartos de que os encarreguem e sobrecarreguem, e aproveitam com ar festivo este tempo de pesados imperativos. Mas a festa dura pouco. Sem mandamentos que nos obriguem a viver de um certo modo, fica a nossa vida em pura disponibilidade. Esta é a horrível situação íntima em que se encontram já as melhores juventudes do mundo. De puro sentir-se livres, isentas de entraves, sentem-se vazias. Uma vida em disponibilidade é maior negação que a morte. Porque viver é ter que fazer algo determinado – é cumprir um encargo –, e na medida em que iludamos pôr em algo a nossa existência, desocupamos a nossa vida. Dentro em pouco ouvir-se-á um grito formidável em todo o planeta, que subirá, como uivo de cães inumeráveis, até as estrelas, pedindo alguém e algo que mande, que imponha um afazer ou obrigação.Ortega y Gasset, in A Rebelião das Massas
Desconstruindo Koolhaas - parte 1: P. MP.M. [pouco, muito pouco, mínimo]
Clarissa Moreira
“Estamos todos em perigo”
Pier Paolo Pasolini
Quando Le Corbusier veio ao Brasil (1), encontrou terreno fértil: jovens arquitetos brasileiros apaixonados pela idéia da modernidade e pela possibilidade de propor uma Nova Arquitetura (2). Encontrou um país fascinado pela perspectiva do desenvolvimento e do progresso.
Mais de sessenta anos depois, receberemos uma outra visita, a de Rem Koolhaas, arquiteto de origem holandesa, recente vencedor do prêmio Pritzker em 2001, o Nobel da arquitetura. Na indicação para o prêmio, Koolhaas é apontado como um dos construtores do século 21, segundo reportagem de primeira página da Folha de São Paulo, suplemento Folha Ilustrada, de 6 de março de 2002.
E por que Le Corbusier e Koolhaas ?
Le Corbusier representava uma aspiração a uma nova condição cheia de promessas e de possibilidades para a vida urbana, cujo naufrágio o próprio Le Corbusier delegou às gerações que o sucederam (3), que supostamente saberiam lidar com os recém-nascidos Frankensteins: mutantes urbanos que se reproduziram incessantemente, em maior escala em países africanos e asiáticos, gerando fenômenos urbanos atuais como Lagos ou Pearl River Delta, estudados entusiasticamente por Rem Koolhaas. Ocorreram também na América Latina, como no exemplo de São Paulo, onde os processos tiveram intensidades próprias e características particulares.
Ao buscar nestes casos o genérico, Rem Koolhaas reabilita a fórmula corbusiana, moderna, de reduzir os acontecimentos a uma matriz única. O que não é acaso. Tanto quanto há um século atrás, trata-se de uma estratégia, seja de expansão ou de criação de domínios. Fatos como a reapropriação (4) de Roma, através do Projeto Mutations coordenado por Koolhaas, nos deve alertar para a importância do modelo adotado e o seu papel na construção do pensamento e seus efeitos na cidade, tanto diretos quanto colaterais.
Le Corbusier, ao tomar Roma como exemplo, explicitando que se refere à Roma antiga (5), desenvolve uma análise de seus fundamentos urbanos. Para Corbusier, o que possibilitou a construção da Roma antiga foi a unidade operacional, um objetivo claro em vista, e a classificação em várias partes, seu objetivo sendo a conquista e o governo do mundo, a dominação e a organização de um império romano. De forma um pouco mais sarcástica, vemos em Mutations um tipo de Sim City (6) para construção da cidade genérica, baseado novamente em Roma antiga.
Some-se a redescoberta da tábula rasa:
“A noção de cidade passou por uma mudança radical no final do século 20. Após Aldo Rossi, somos incapazes de imaginar que uma cidade possa existir sem história. Mas hoje existe uma vasta porção da humanidade para quem viver sem história não coloca nenhuma questão em especial. Poderíamos ir mais além: viver sem história é uma aventura apaixonante para eles. Esta observação deveria nos levar a revisar um certo número de dogmas ou teorias de arquitetura e urbanismo e, talvez, reexaminar a validade (ou não) de um dos mecanismos mais importantes do século 20: tabula rasa, a idéia de começar do zero, sem a qual os arquitetos modernos dos anos 20, como Le Corbusier, acreditavam que nada era possível. Uma posição como essa claramente demonstra um extremo otimismo, um otimismo que a década seguinte demoliu completamente. Mas talvez precisemos retomar o uso da tábula rasa – talvez tenhamos que ser mais seletivos em nossas estratégias de urbanização, em vez de permanecer ansiosos conservadores incapazes de especular em termos do novo” (7).
E com estes conceitos e estratégias, estão revalidadas e tornadas avant garde as idéias de nossos avós modernistas.
No Brasil, já vimos tudo isso. Vivemos o resultado destes processos.
Surge, pois, a questão:
O que Koolhaas poderá aprender com São Paulo? O que Koolhaas poderá aprender com o Brasil? E o que podemos aprender com Koolhaas?
Antes de mais nada, é preciso lembrar o Manifesto Antropófago, que os modernistas brasileiros formularam na década de 20, quando vários estrangeiros por aqui circulavam (8), e em momentos como esse vê-se sua importância renovada:
Propomos devorar Koolhaas, num processo de desconstrução-digestão-gestação.
De imediato, recoloca-se a possibilidade de estranhamento e perplexidade ao defrontar-nos com a condição urbana contemporânea… Não a considerarmos sem possibilidades, um erro do passado, um deslize, um mal. Nem bem, nem mal: ela é.
Assim, vemos renovar-se a oportunidade de deixarmos de nos espelhar eternamente em Roma, Paris, Barcelona e demais vitrines européias e iniciar um processo de autodescoberta baseado em um olhar interessado no espantoso, no absurdo, no caótico, no incontrolável.
Todavia, não poderemos, nesse processo, desprezar o fato de que os mutantes urbanos vão de mal a pior. Isso é razão suficiente para não nos apressarmos em iniciar a apologia do modus operandi reprodutor do genérico ou defender a adesão do pensamento urbano às estratégias reinantes de produção de cidade.
Como a condição urbana, em geral, foge ao controle, alguns temores têm sido amenizados com bolhas de alta segurança, com grades, câmaras de vigilância, lugares ¨públicos¨ condicionados: vida urbana sob 24 horas de monitoramento. Todos estão apavorados com Frankenstein e se protegem, escondem ou correm. E ao fazê-lo, o tornam sempre maior e mais desgovernado. Não há escapatória a não ser o enfrentamento já que não abandonamos o projeto de vida urbana.
E é aí que entram os jovens arquitetos brasileiros do século 21 e quem mais desejar, que provavelmente já não acreditam tão facilmente em panacéias, em revoluções… Muito lamentavelmente, tudo anda um tanto desacreditado.
O que esses jovens arquitetos brasileiros podem produzir a partir desta confrontação ou deste encontro?
Alguns desafios:
– Perceber a condição urbana em sua complexidade, o que possivelmente é das grandes contribuições de Rem Koolhaas a seu tempo – sua eficiente e muitas vezes brilhante percepção da contemporaneidade.
– Ir além das reduções da lógica humana imperfeita, do i-racionalismo e das velhas oposições passado-futuro, preservação-destruição, específico – genérico: cansaço da vida entre a tábula rasa e a conservação museológica…
“Nisso há desconfiança frente às idéias modernas, há descrença de tudo o que foi construído ontem e hoje; há, talvez, mesclado com isso, um leve desgosto e desdém que não mais suporta o bri-à-brac de conceitos das mais diversas procedências (…) Nisso me parece que devemos dar razão aos atuais céticos anti-realistas e microscopistas do conhecimento: o instinto que os leva a se afastar da realidade moderna não está refutado – que nos interessam suas vias retrógradas e tortuosas! O essencial neles não é que desejem ir para trás, mas que desejem ir embora. Um pouco mais de força, impulso, ânimo, senso artístico: e desejariam ir para além – não para trás” (9).
– Abordar a condição urbana em sua complexidade, sabendo que ela não tem um prazo de validade ou uma data de fabricação. Reinventar modos de resistência à negação da vida urbana, já que nada está predestinado: começou há milênios, pode acabar amanhã, daqui a cem anos, nunca… são parte da condição urbana contemporânea o edifício de apartamentos, a via expressa, a loja de grife, as esquinas, a rua, o shopping, a feira-livre, o mercedes-benz, o mendigo, o aeroporto, a favela, o casario… tudo o que se chama passado e é presente, e o futuro, em nome do que já se cometeu enormes equívocos e que está fora da nossa ânsia controladora.
– Nosso tempo é agora, nessas cidades, com essa multiplicidade de possibilidades, oscilantes, contraditórias, que nos desafiam a cada momento a criar a partir delas. Criações, invenções, idéias que renovem os ânimos: “para enviar ao porvir um dardo que atravesse as eras…” (10).
Diante da condição urbana, sempre mutável, sempre a ser descoberta, nos subterrâneos do mundo em que vivemos, devemos andar com nossas próprias lanternas.
Estamos todos em constante perigo e essa é toda a riqueza da condição urbana: lançar-nos ao mar tempestuoso, instados a recriar formas de navegação.
Por mais que procure a verdade nas massas, não a encontro, só nos indivíduos.Eugène Delacroix
FADS, fashions and dramatic shifts in public opinion all appear to follow a physical law: one of the laws of magnetism.Quentin Michard of the School of Industrial Physics and Chemistry in Paris and Jean-Philippe Bouchaud of the Atomic Energy Commission in Saclay, France, were trying to explain three social trends: plummeting European birth rates in the late 20th century, the rapid adoption of cellphones in Europe in the 1990s and the way people clapping at a concert suddenly stop doing so. In each case, they theorised, individuals not only have their own preferences, but also tend to imitate others. "Imitation is deeply rooted in biology as a survival strategy," says Bouchaud. In particular, people frequently copy others who they think know something they don't.
...Art is much less important than life, but what a poor life without it ... Every man becomes, to a certain degree, what the people he generally converses with are ... If you can't find your inspiration by walking around the block one time, go around two blocks-but never three ... It may be that the deep necessity of art is the examination of self-deception ... It's not that the creative act and the critical act are simultaneous. It's more like you blurt something out and then analyze it ... Most painting in the European tradition was painting the mask. Modern art rejected all that. Our subject matter was the person behind the mask ... Walk on a rainbow trail; walk on a trail of song, and all about you will be beauty. There is a way out of every dark mist, over a rainbow trail ... Wherever art appears, life disappears ...
The Charles Ennis House by Frank Lloyd Wright is on the brink of ruin. After many years of gradual disintegration, the textured concrete blocks and stepped walls have been ravaged by rainstorms. The house was a highlight of Frank Lloyd Wright's career and it has been featured in many movies, including Blade Runner. Now, America's National Trust is calling the house one of the world's most endangered sites - a distinction that is awarded to such places as the ancient Great Wall of China.