Édipo
Rei Sófacles, Filho e Esposa
complexo de édipo —: inclinação erótica de uma criança pelo progenitor do sexo oposto, recalcada em resultado da relação ambivalente com o progenitor do mesmo sexo, amado e odiado em simultâneo;
O resumo mental que possuímos da tragédia de Édipo, descreve a morte de um pai e posteriormente a possessão da mãe, em sequência, Parricídio e Incesto.
Para Freud, a tragédia que associa ao complexo, aplica-se essencialmente a um conflito afetivo profundo, ligado a determinada situação, que nenhum ser humano pode deixar de viver, na medida em que é de capital importância para a sua futura personalidade.
Da lenda de Édipo, Freud filtra e retira dois elementos, Incesto e Parricídio. A fim de compreender o papel central na formação da personalidade, há que situá-lo na evolução da sexualidade Infantil, como uma possível origem das neuroses.
A inocência não caracteriza a infância, o prazer irredutível da pulsão sexual, no sentido lato em relação a um dos Progenitores é um ritual. Primeiramente, auto-erótico, a pulsão satisfeita no seu próprio corpo, em segundo, a sexualidade genital, virada para um objeto de amor. A criança começa então a desejar a mãe e por sinal a odiar o pai, vendo nele o rival que bloqueia o caminho do seu desejo. O momento Edipiano terá que ser ultrapassado, para ambos os sexos; para o rapaz a castração é um castigo, por esta ameaça ele é conduzido a renunciar este desejo incestuoso e a identificar-se com o Pai; para a rapariga, a castração é um facto consumado, através de um lento deslize simbólico ela substitui o desejo de ter um pénis pelo desejo de ter um filho.
Qualquer ser humano vê imporem-lhe a tarefa de dominar o complexo de Édipo; se falha nesta tarefa, será um neurótico...
Freud, Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade, 1905
Quem ainda atribui Universalidade, as Teorias de Freud, ligada as civilizações clássicas, não pode deixar de notar, que não são apenas os "nomes" que são retirados de um contexto diferente.