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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Regionalismo Crítico ou Neo-Racionalismo


A expressão ou corrente Arquitetónica surge em meados de 1960, em contraponto com as premissas e conceitos do Modernismo. A principal característica, reside na compreensão dos padrões das cidades europeias, nas suas evidentes formas básicas mais ou menos permanentes, que se tornam comunicadoras de ideias e valores culturais, desta forma, as ruas, os edifícios, assim como os monumentos, são essências para determinar o carácter do edifício. Como podemos ver no Museu de Arte Contemporânea da Galiza, do Siza Vieira, uma forma aparentemente simples, escamoteia uma estranha complexidade interior, gerada por uma resposta à história do local onde foi edificado, pelas constantes ligações entre os monumentos vizinhos e a organização formal da ruas.
Regionalismo crítico é uma abordagem arquitetural que tenta remediar a indiferença em relação ao lugar onde está situado o objeto arquitetural moderno. Através da utilização das forças do contexto, visa enriquecer a significação da arquitetura. O termo foi introduzido por Alexander Tzonis e Liane Lefaivre e posteriormente pelo célebre crítico e historiador da arquitetura Kenneth Frampton.(...)
O Regionalismo Crítico é portanto uma prática marginal que, ao mesmo tempo que se recusa a abandonar aspectos progressistas, repreende a arquitetura desumana que privilegia a estética e a cultura dominante tão modernizada. Mas não o faz de maneira utópica. E em um ambiente onde o arquiteto tenta ser maior que sua obra, os regionalistas davam ênfase maior ao território onde a obra estava inserida. Contra a tendência da ‘civilização universal’ que privilegia o ar-condicionado, fazem da luz, do terreno, das condições climáticas, as bases que sustentariam o projeto. Fazem do aspecto visual uma característica secundária, na medida em que enfatizam o táctil, as diferentes temperaturas em ambientes distintos, assim com o aroma, os sons, a ventilação e até mesmo o acabamento dos pisos e paredes que são convites ao tato. Isto provoca involuntariamente mudanças sensoriais, de postura, psicológicas, etc. Tentam rigorosamente se apropriar de referências externas, tanto formais quanto tecnológicas, mas sem deixar de lado o que é local.

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